A Ilíada começa com a guerra já em seu nono ano. Agamênon toma a escrava de Aquiles e este, acreditando estar sendo agredido em sua moral guerreira, visto que conquistara diversas vitórias para o povo aqueu, afasta-se da guerra.
Uma das coisas mais interessantes da Ilíada é que ela é sobre Aquiles e não sobre a guerra propriamente. A estrutura do enredo preza por elevar Aquiles a um plano superior de excelência em contraste aos demais guerreiros, de forma tão característica que os acontecimentos convergem para a conquista de sua honra, tendo como demonstração mais acabada o episódio em que Heitor, maior herói troiano, sucumbe à força e ao ódio ferroz do peleide.
A ira de Aquiles se volta exclusivamente ao troiano quando este derrota e despoja as armas de Pátroclo, melhor amigo de Aquiles. No momento em que Aquiles toma conhecimento da morte do companheiro, o desejo de vingar-se de Heitor eclipsa seus olhos e, então, retorna à guerra, munido com as esplêndidas armas forjadas por Hefesto, deus ferreiro e amigo de sua mãe Tétis.
Heitor e Aquiles se enfrentam numa cena demais trágica, para não dizer a mais trágica da literatura antiga. Heitor corre ao ver a fúria de Aquiles, dando três voltas ao redor da cidade. Aquiles o acerta e o arrasta pelo chão, dilacerando o corpo pelo caminho e retirando toda beleza característica do adversário e tão cara para a cultura arcaica. Príamo e Hécuba assistem a tudo da torre. Andrômaca, esposa de Heitor, ao ouvir os gritos, corre à varanda e vê o amado morto, desfalecendo em seguida.
Aquiles trucida o corpo de Heitor de tal forma que os deuses punem os gregos fazendo longa sua viagem de volta em dez anos, como é disposta na Odisséia.
domingo, 14 de outubro de 2007
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2 comentários:
por que um blog tão acadêmico?
não é acadêmico... Vc sabe o que é acadêmico mais do que eu, mocinho!
para isso, teria de ter um certo grupo de palavras inconfundíveis...
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